sexta-feira, 17 de junho de 2011

A Minha Selecção

A Minha Selecção

Poemas de António Gedeão

Desencontro

Que língua estrangeira é esta

Que me roça a flor do ouvido,

Um vozear sem sentido

Que nenhum sentido empresta?

Sussurro de vago tom,

Reminiscência de esfinge,

Voz que se julga, ou se finge

Sentindo, e é apenas som.

Contracenamos por gestos,

Por sorrisos, por olhares,

Rodeios protocolares,

Cumprimentos indigestos,

Firmes aperto de mão,

Passeios de braço dado,

Mas por som articulado,

Por palavras, isso não.

Antes morrer atolado

Na mais negra solidão.

Soneto

Ao Luís Vaz, recordando o convívio da nossa mocidade.

Não pode Amor por mais que as falas mudem

Exprimir quanto pesa ou quanto mede.

Se acaso a comoção concede

é tão mesquinho o tom que o desilude.

Busca no rosto a cor que mais o ajude,

Magoado parecer os olhos pede,

Pois quando a fala a tudo o mais excede

Não pode ser Amor com tal virtude.

Também eu das palavras me arredio,

Também sofro do mal sem saber onde

Busque a expressão maior do meu anseio.

E acaso perde, o Amor que a fala esconde,

Em verdade, em beleza, em doce enleio?

Olha bem os meus olhos, e responde.

Rosa Branca Ao Peito

Teu corpinho adolescente cheira a princípio do mundo.

Ainda está por soprar a brisa que há-de agitar a tua seara.

Ainda está por romper a seara que há-de rasgar o teu solo fecundo.

Ainda está por arrotear o solo que há-de sorver a água clara.

Ainda está por ascender a nuvem que há-de chover a tua chuva.

Ainda está por arder o sol que há-de evaporar a água da tua nuvem.

Mas tudo te espera desde o princípio do mundo:

A doce brisa, a verde seara, o solo fecundo.

Tudo te espera desde o princípio de tudo:

A água clara, a fofa nuvem, o sol agudo.

Tu sabes, tu sabes tudo.

Tu és como a doce brisa, a verde seara e o solo fecundo

Que sabem tudo desde o princípio do mundo.

Tu és como a água clara, a fofa nuvem e o sol agudo

Que desde o princípio do mundo sabem tudo.

O teu cabelo sabe que há-de crescer

e que há-de ser louro.

As tuas lágrimas sabem que hão-de correr

Nas horas de choro

Os teus peitos sabem que hão-de estremecer

No dia do riso.

O teu rosto sabe que há-de enrubescer

Quando for preciso.

Quando te sentires perdida

Fecha os olhos e sorri.

Não tenhas medo da Vida

Que a Vida vive por si.

Tu és como a doce brisa, a verde seara e o solo fecundo

Que sabem tudo desde o princípio do mundo.

Tu és como a água clara, a fofa nuvem e o sol agudo.

A tua inocência sabe tudo.

Biografia de António Gedeão

Rómulo de Carvalho foi professor, pedagogo e autor de manuais escolares, historiados da ciência e da educação, divulgador científico e poeta.

Nasceu a 24 de Novembro de 1906, na Rua do Arco do Limoeiro em Lisboa. Filho de José Avelino da Gama natural de Tavira, e de Rosa das Dores Oliveira Gama de Carvalho, natural de Faro.

Fez a instrução primária no Colégio de Santa Maria, em Lisboa. Entre 1917 e 1925 estudou no Liceu Gil Vicente. Em 1925 matriculou-se no Curso Preparatório de Engenharia Militar da Faculdade de Ciências. Em 1928 mudou-se para o Porto, onde se matriculou no curso de Ciências Físico-Químicas, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que concluiu em 1931.

Passados três anos realizou o Exame de Estado para o Ensino Liceal, iniciando a actividade docente no Liceu de Camões (Lisboa), continuando no Liceu D. João III (Coimbra) e, depois no Liceu Pedro Nunes (Lisboa), sendo aqui Professor Metodólogo a partir de 1958.

A partir de 1946 foi um dos directores da Gazeta de Física, órgão da Sociedade Portuguesa de Física, cargo que exerceu até 1974. Morreu a 19 de Fevereiro de 1996, em Lisboa.

Poema à Mãe

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.



Trabalho elaborado pela Ana Rita & Inês Costa da turma do 8ºA

MÃEZINHA


A terra de meu pai era pequena

e os transportes difíceis.

Não havia comboios, nem automóveis, nem aviões, nem mísseis.

Corria branda a noite e a vida era serena.

Segundo informação, concreta e exacta,

dos boletins oficiais,

viviam lá na terra, a essa data,

3023 mulheres, das quais

45 por cento eram de tenra idade,

chamando tenra idade

à que vai do berço até à puberdade.

28 por cento das restantes

eram senhoras, daquelas senhoras que só havia dantes.

Umas, viúvas, que nunca mais (oh! nunca mais!) tinham sequer sorrido

desde o dia da morte do extremoso marido;

outras, senhoras casadas, mães de filhos

(De resto, as senhoras casadas,

pelas suas próprias condições,

não têm que ser consideradas

nestas considerações.)

Das outras, 10 por cento,

eram meninas casadoiras, seríssimas, discretas,

mas que por temperamento,

ou por outras razões mais ou menos secretas,

não se inclinavam para o casamento.

Além destas meninas

havia, salvo erro, 32,

que à meiga luz das horas vespertinas

se punham a bordar por detrás das cortinas

espreitando, de revés, quem passava nas ruas.

Dessas havia 9 que moravam

em prédios baixos como então havia,

um aqui, outro além, mas que todos ficavam

no troço habitual que o meu pai percorria,

tranquilamente no maior sossego, às horas em

que entrava e saía do emprego.

Dessas 9 excelentes raparigas

uma fugiu com o criado da lavoura;

5 morreram novas, de bexigas;

outra, que veio a ser grande senhora,

teve as suas fraquezas mas casou-se

e foi condessa por real mercê;

outra suicidou-se

não se sabe porquê.

A que sobeja

chama-se Rosinha.

Foi essa que o meu pai levou à igreja.

Foi a minha mãezinha.

Partindo do pressuposto que a BE deverá apoiar e colaborar com os professores na planificação e execução de actividades de apoio ao currículo, a equipa da BE dinamizou sessões de leitura expressiva do poema de António Gedeão aos alunos do 7º e 8ºanos de escolaridade, tendo em conta a celebração do Dia da Mãe e indo ao encontro dos conteúdos programáticos leccionados nesta altura: a poesia.

Os alunos demonstraram interesse e motivação pela actividade, participando activamente, pois teceram muitos comentários sobre os acontecimentos e personagens, dum tempo um pouco longínquo das suas vivências pessoais. Seguidamente, foi-lhes solicitado a elaboração da biografia e pesquisa de um ou mais poemas do citado autor.

Nesta senda, os alunos, também, pesquisaram outros poemas de outros poetas portugueses que exprimiram os seus sentimentos sobre esta figura admirável que é a MÂE.

Aqui ficam os testemunhos de alguns trabalhos realizados pelos nossos alunos.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O MUNDO DE SOFIA

O MUNDO DE SOFIA de Jostein Gaardener

Este livro, de sucesso mundial, tem gerado nos leitores, entre os quais muitos jovens, uma inexplicável adesão.
A história inicia-se quando Sofia, quase a completar 15 anos, começa a receber mensagens anónimas com perguntas intrigantes, como: “Quem és tu? De onde vem o mundo?”
A partir dessas mensagens, ela torna-se aluna do misterioso Alberto Knox, que a acompanha numa fascinante jornada pela história da Filosofia, de Sócrates até os dias de hoje, passando pela Idade Média, o Iluminismo, a Revolução Francesa e a Revolução Russa.
O autor usa, nesta obra, todos os recursos que consegue para simplificar a filosofia e facilitar o seu entendimento.
O Mundo de Sofia é uma introdução inteligente e divertida à história da Filosofia e aconselha-se a todos aqueles que têm paixão pela aventura e pelo conhecimento.
Recomendo-te, a ti jovem leitor, que estás a iniciar o teu percurso filosófico, ou te encontras prestes a fazê-lo, que te atrevas nesta aventura de te conhecer melhor a ti próprio e ao mundo que te rodeia.
"A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornar bons filósofos (...)"


Sugestão de Leitura da Professora Isabel Sousa


A filha da minha melhora amiga





É uma incrível história, onde se misturam a morte, a traição, a amizade, a ternura, o amor e o perdão.
Kameryn Matica e Adele Brannon são as melhores amigas desde o tempo da universidade. A partir daí, partilham de tudo um pouco: dúvidas, sonhos, medos, desejos e o apartamento até que, acidentalmente, Kameryrn descobre que a sua melhor amiga e o seu noivo se envolveram e desta relação nasce uma filha, TEGAN.
Isso faz com que as duas amigas se separem durante anos.
No desenrolar da história, Kameryn passa a ser a mamã Ryn para Tegan, aparecerá um novo chefe, um novo amor, o reencontro com o antigo noivo, a descoberta de como tudo realmente aconteceu cinco anos atrás, a luta pela adopção de Tegan e a construção de uma verdadeira família.
É sem dúvida um livro profundamente emotivo que nos faz chorar, rir e tremer de emoção. Além de nos obrigar a fazer várias perguntas interiores, questiona-nos, também, sobre a nossa capacidade de perdoar.


Livro de Dorothy Koomson

Sugestão de Leitura de Luciana Silva

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Concurso de Escrita Livre

Concurso de Escrita Livre – Uma História de Amor


No âmbito da celebração do dia de S. Valentim, em 14 de Fevereiro último (Dia dos Namorados), a Biblioteca Escolar lançou um desafio aos alunos dos 9º e 10º Anos. Relembrando as histórias lendárias de Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Pedro e Inês ou mesmo histórias amorosas mais actuais, a BE lançou o Concurso de Escrita livre, segundo o qual os alunos deveriam criar uma cativante história de amor, à qual poderiam dar um final trágico ou um final feliz.
Apresentaram-se a concurso 12 textos, com a particularidade de todos eles serem de autores masculinos, das turmas B, E e F do 10º Ano.
A avaliação dos textos foi feita por um júri que incluiu 2 membros da equipa da BE e 3 professores de Português, tendo obedecido aos seguintes critérios: originalidade e criatividade dos textos, organização lógica das ideias, correcção escrita e respeito pelas normas definidas no regulamento do concurso.
Foram vencedores deste concurso os seguintes textos:
1º Lugar: Uma terça-feira banal de David Rafael Borges Monteiro, nº 6, 10ºB
2º Lugar: Uma História de Amor de Mário André Santos Pinto, nº 21, 10ºE
3º Lugar: Aragão e Nicole de Hugo Renato Ribeiro Mota Carvalho, nº 21, 10º F
Mereceu ainda uma menção honrosa o texto Ratão e Ratinha de Patrique Notário de Sousa, nº 12, 10º F
PARABÉNS a todos os participantes e, em especial, aos VENCEDORES que, depois de uns pequenos “retoques finais” que deram aos seus textos, agora publicados no nosso blog.
A equipa da BE agradece ainda aos professores de Português das turmas participantes, pelo modo como estimularam os seus alunos a participar neste concurso.

A equipa da BE/CRE deseja a todos uma Boa Páscoa!

Uma terça-feira banal

1º Lugar: David Rafael Borges Monteiro, nº 6, 10ºB


Era uma terça-feira banal…Uma chuva suave acariciava o seu rosto, como um dia ele haveria de acariciar o dela.
Valentim sentiu novamente aquele chamamento inexplicável, como se a voz lhe sussurrasse ao ouvido’’Vem, a tua felicidade espera-te!’’.
Entrou no café ‘’Glamour’’, atraído por aquela força. Mas nada. Frustração. Apenas a empregada ucraniana habitual e uma moça concentrada no mesmo livro, de capa castanha, que ele também já vira, por acaso, na semana anterior: ‘’Romeu e Julieta” de William Shakespeare. Desiludido por aquilo que lhe parecia não ser nada de especial, regressou a casa.
No dia seguinte, ao ler descontraidamente o jornal, deparou com uma foto da jovem que vira na véspera. Era, afinal, segundo a notícia, uma conceituada actriz, das melhores peças de teatro representadas na Europa e o livro que se encontrava a ler era, precisamente, sobre uma peça que iria estrear no grande auditório do teatro de Vila Real, na semana seguinte.
Uma curiosidade desmedida, sem sentido, invadiu-o e, sem saber ao certo porquê, quis voltar a vê-la. Dirigiu-se ao café ‘’Glamour’’ com a esperança de a encontrar. Valentim era um rapaz um pouco tímido e discreto, mas tinha uma grande paixão: o Teatro. Não a encontrando no “Glamour”, esperou pela estreia da peça ‘’Romeu e Julieta’’ para, então, a ir ver. Mal a reconheceu, vestida de Julieta, mas sentiu-se tão emocionado com a peça, que até chorou.
Quando, mais tarde, os seus passos se dirigiram para o café ‘’Glamour’’, não estranhou a ansiedade que sentia. Ao vê-la, o seu coração como que saltou, dentro do seu peito.
Chamava-se Felicidade. Era uma actriz muito conhecida na Europa, mas uma rapariga muito só. A jovem levantou levemente os olhos, quando ouviu a porta do café a abrir-se. Estava ali, novamente, aquele belo jovem que ela já vira na semana anterior. Parecia buscar algo com o olhar e ela disfarçou, olhando, de novo, para o livro de Shakespeare.
Pouco depois, Valentim saiu. Felicidade ficou triste. Aquele jovem de olhos inquisitivos, parecendo procurar o mundo, intrigava-a. Também ela sentia o desejo de o conhecer, mas tinha de estudar a peça.
Nessa mesma noite, ele voltou ao café ‘‘Glamour’’. Quando Felicidade o viu entrar, também, o seu coração bateu mais forte.
Valentim dirigiu-se á mesa dela e sentou-se. Teve algum receio, mas pensou: ‘’se o meu silêncio não lhe disser nada, então as minhas palavras serão inúteis’’.
Felicidade estendeu-lhe a mão que ele aceitou, carinhosamente. Quando os seus olhos se cruzaram, compreenderam-se, finalmente. Era amor!
Ficaram inseparáveis durante várias luas. Felicidade, todavia, tinha de regressar a Paris, onde a mãe a esperava, mas Valentim não podia deixar o seu emprego, nem o pai e, por isso, a separação tornou-se inevitável.
Era uma terça-feira banal, chuvosa, quando Felicidade abriu a porta da sua casa, em Paris e viu um intenso raio de sol: Era Valentim. Ali estava ele! Deixara amadurecer o sentimento, tirara um curso intensivo de teatro, vendera a casa e partira com o seu pai, à procura da felicidade. E encontraram-na ambos. Valentim e o próprio pai, pois também ele pôde conhecer a mãe dela, com quem, de imediato, se identificou.
Era, afinal, uma terça-feira especial. Descobriram que se o amor fosse uma arma, destruiria o mundo inteiro, mas como era amor puro, só traria FELICIDADE.
E foi assim que, como dizia o seu escritor favorito, Shakespeare, Valentim e Felicidade “viveram felizes neste palco que é a vida”.

Uma História de Amor

2º Lugar: Mário André Santos Pinto, nº 21, 10ºE

Maya e Miguel conheciam-se desde os tempos de infância. Enquanto crianças costumavam brincar juntos. Iam juntos para a escola, onde partilhavam brincadeiras e davam muitas gargalhadas.
O tempo foi passando. Ambos cresceram e, por ironia do destino, Maya teve que mudar de cidade. Os pais foram trabalhar para o Porto e a convivência entre ambos tornou-se cada vez mais distante, uma vez que Maya só vinha de férias com os pais, para Vila Real, na época da Páscoa e no Verão.
No Verão de 2008, Maya e Miguel voltaram a encontrar-se. Estava um dia quente e ambos tinham procurado o mesmo local: a piscina da cidade. Tinham já 18 anos de idade. Ainda que ambos hesitassem em se cumprimentar, foi inevitável. Estavam frente a frente e ainda um pouco envergonhados, mas logo começaram uma conversa que foi o ponto de partida para reavivar memórias e despertar sentimentos.
Miguel ficou surpreendido com a amiga de infância. Estava uma “mulherzinha” bem formada, culta, bonita, responsável e muito decidida. Isto dava-lhe ainda mais realce. Miguel confirmou, de uma vez por todas, a atracção que, na realidade, sempre nutrira por ela. Já Maya, embora enamorada pela simplicidade e cavalheirismo de Miguel, ficara um pouco desapontada com a opção de vida adoptada por ele. Ambos tinham seguido rumos diferentes. Maya era muito aplicada nos estudos e preparava-se para ingressar no ensino superior. Miguel, por sua vez, optou por um curso técnico-profissional. Era um rapaz mais prático e pouco ligado a tudo que fosse escola, livros e teorias. Como bom “Transmontano” que era, gostava de dar uns bons passeios pelo campo, de dormir umas sonecas à sombra de uma árvore, de sentir o cheiro do campo e de respirar tranquilidade. Tinha qualidade de vida, como costumava dizer.
No fim daquele dia maravilhoso, passado na piscina e já um pouco bronzeados pelo sol, Miguel ficou com o número de telemóvel da amiga para marcarem novos encontros. Ela deu-lhe também o seu endereço de e-mail para que pudessem comunicar via internet, mas Miguel demonstrou, de imediato, o seu desinteresse pelas novas tecnologias, explicando-lhe que raramente utilizava o computador.
Uns meses depois, a distância e a comunicação entre eles deixara de ser problema porque Maya regressou definitivamente para viver em Vila Real. Os encontros foram-se tornando cada vez mais habituais até que Maya e Miguel começaram a namorar. Foi um final de Verão inesquecível para ambos.
Chegou Setembro e com ele o resultado do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Maya ficou a saber que fora colocada na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, ingressando no Curso de Medicina Veterinária. A jovem ficou felicíssima e, de imediato, partilhou a novidade com o namorado. Também ele ficou muito contente e apoiou a namorada dando-lhe mesmo alguns conselhos.
Maya passou a ir para a Universidade e por lá ficava todo o dia em aulas, laboratórios e experiências. Miguel, por seu lado, continuava na aldeia pacata dos avós a fazer o que melhor sabia … Ajudava-os nas lides do campo e tratava dos animais, situação que se manteve durante cerca de dois anos. Maya sentia-se feliz, mas desejava que o namorado fosse mais sociável, mais culto e que convivesse mais com a realidade da cidade. Às vezes não era fácil, mas ela fazia um esforço para entender e respeitar a personalidade e as opções de vida que ele fizera, até que a relação entre ambos começou a tornar-se cada vez mais difícil. Por vezes, parecia que não falavam a mesma língua, pois tinham interesses, conversas e ideias completamente diferentes. Havia coisas que para ela eram importantes e que, para ele, não tinham qualquer significado: ir ao cinema ou ao teatro, estar a par das notícias, folhear revistas, ler jornais…
Pouco a pouco, Miguel começou a ter consciência de que algo não estava a correr bem. Ponderou e chegou à conclusão de que, não só pela namorada, mas também por si próprio, valia a pena tentar mudar de vida. Era bom que se tornasse mais culto e investisse na sua formação e no desenvolvimento dos seus conhecimentos.
Decidiu então convidar a namorada para jantar, dizendo-lhe que tinha um comunicado muito importante a fazer-lhe.
Durante o jantar, Miguel tirou do bolso do casaco uma caixinha vermelha acetinada, em forma de coração. Maya estava não só curiosa mas também ansiosa. Quando abriu a caixa e viu o que tinha dentro, não estava a perceber… Encontrou um papel dobrado em muitas partes e ficou decepcionada, pois imaginava que o namorado lhe iria oferecer uma jóia. Desdobrou o papel e começou a ler:
“Meu amor, começo por te pedir desculpa, pois não tenho sido o namorado que mereces, mas venho prometer-te que as coisas vão mudar! Decidi voltar a estudar. Quero estar sempre contigo. Dentro desta caixa não está uma jóia, pois não tenho dinheiro. Apenas está um papel muito simples, com umas palavras ainda mais simples e talvez cheias de erros… Mas nele está toda a minha sinceridade e todo o amor que sinto por ti. Deixa-me continuar a amar-te e a fazer-te ainda mais feliz. Amo-te!”
Ao ler este bilhete, Maya ficou sem palavras e apercebeu-se de que tinha encontrado o homem da sua vida. Se ainda lhe restavam dúvidas, estas ficaram esclarecidas naquele momento. Miguel conseguiu entender que não estava a aproveitar tudo que a vida lhe podia dar. Quando decidiu, finalmente, fazer algo por si, tudo mudou e aquilo que era monótono e desinteressante, passou a ser simplesmente fantástico e perfeito!

Aragão e Nicole

3º Lugar: Hugo Renato Mota Carvalho, 10ºF, Nº21


Antigamente, em 1580, existia, em França, um conde, chamado Aragão, que todas as mulheres cobiçavam. Vivia num grande palácio, situado no centro de Paris, que tinha
um belo jardim, com duas grandes torres de cada lado e com uma grande vista para a Torre Eiffel. Todas as mulheres, desde as donzelas do palácio, às mulheres do campo, o achavam um homem charmoso, bonito, rico… o homem perfeito para casar.
Certo dia, quando Aragão estava a dar um passeio a cavalo pelas suas terras, deparou-se com uma bonita camponesa que estava a colher os legumes da terra. Era uma moça de olhos e cabelos castanhos, encaracolados, pele morena e um pouco suja de terra, com um vestido comprido de pano esverdeado, descalça e muito trabalhadora.
Quando Aragão chegou ao palácio, ordenou logo a dois dos seus trabalhadores, que
descobrissem o nome dela.
Depressa chegou, aos ouvidos do conde, a informação desejada. Seu nome
era Nicole. Este nome encantou-o e entrou nos seus ouvidos como se fosse uma bela melodia. Logo ordenou que a chamassem aos seus aposentos.
Ao entrar no palácio, Nicole trazia um ar envergonhado, por estar suja e, ao mesmo tempo, sentia-se um pouco assustada por não saber para que fora chamada. Teria feito alguma coisa mal?
Quando ela entrou no quarto, Aragão olhou para ela e disse:
- Tão bonita! Nunca vi flor mais bela!
A bela camponesa sentiu-se ainda mais envergonhada.
- Porque me chamou, meu senhor?
- Chame-me Aragão. Vi-a no campo a trabalhar, e fiquei encantado com a sua beleza.
O rosto dela corou ainda mais.
- Obrigada. Se me permite que o diga, o senhor também é muito elegante.
O conde sorriu e ordenou que cuidassem da linda moça. Que lhe preparassem um
banho, que a vestissem com um belo vestido e lhe preparassem um grande banquete.
Já na sala de jantar, Aragão puxou a cadeira e sentou-se, aguardando a
chegada de Nicole.
Começaram a ouvir-se uns passos leves, a descer a escada. Então, o conde ordenou que os músicos começassem a tocar. Completamente espantado, ficou a olhar para aquela bela mulher! Tinha os cabelos presos com uma linda bandolete prateada, um vestido encarnado, muito bonito, e uns sapatinhos rasos de cor prateada, a condizer com a bandolete.
O conde puxou a cadeira para ela se sentar, acendeu as velas e começaram a
jantar. Conversaram toda a noite até que, encantados, acabaram por dar um beijo.
Aragão retirou a rosa encarnada que tinha colocado no bolso da frente do seu casaco e ofereceu-lha dizendo:
- A tua beleza é como a desta rosa. Distingue-se entre todas as outras. Aceitas tornar-te
minha esposa?
- Sim, respondeu ela, dando-lhe, em seguida, um longo beijo.
Seguiram-se os preparativos para um grande casamento! Todos os amigos de Aragão e Nicole estiveram presentes. Foi uma festa inesquecível.
Aragão e Nicole casaram e viveram felizes para sempre!

quinta-feira, 31 de março de 2011

As árvores e os livros

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Poema de Jorge Sousa Braga

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

JESUSALÉM - Mia Couto

Antes de “falar” um pouco sobre o livro, gostaria de vos apresentar o autor.
Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista. É professor, biólogo, escritor. Está traduzido em diversas línguas. Entre outros prémios e distinções foi galardoado, pelo conjunto da sua já vasta obra, com o Prémio Vergílio Ferreira 1999 e com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Ainda em 2007 Mia foi distinguido com o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance O Outro Pé da Sereia.
Passemos, agora, à obra que começa assim:
Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era "um bocadinho mulata", Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos – Mwanito e Ntunzi –, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para um lugar remoto e inalcançável.
Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado".
O escritor apresenta, sem dúvida, uma obra madura, onde se evidenciam as suas capacidades criativas. A leitura deste livro transportar-nos para outras culturas, ajuda-nos a repensar a vida, leva-nos a (re)descobrir o nosso mundo.
Espero ter despertado algum desejo em ti, jovem leitor, para leres este livro e que, no final, tenhas o atrevimento suficiente para dares a tua opinião, (Mas não te limites ao gostei ou não gostei. Espero algo mais original)



Sugestão de leitura:professora Isabel Sousa

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fúria Divina

Fúria Divina, de José Rodrigues dos Santos, aborda uma das questões mais relevantes e actuais do nosso tempo – terrorismo e fundamentalismo religioso. Estes temas são o mote deste cativante livro, que consegue captar a nossa atenção, desde o primeiro ao último capítulo.
A leitura deste livro abre os nossos horizontes, transporta-nos para outras culturas, dá-nos a conhecer tempos e espaços que, até então, desconhecíamos.
Seguindo o percurso de um jovem egípcio, desde a mais tenra idade até à fase adulta, o autor consegue transmitir-nos claramente os ideais e valores do Islamismo.
A 11 de Setembro, a televisão mostrou-nos o ataque às torres Gémeas, em Nova Iorque. Também ouvimos falar, frequentemente, da existência de campos de treino para preparação de terroristas com o objectivo de atacar alvos, quer civis, quer militares.
Este livro oferece-te a possibilidade de compreenderes melhor estes actos violentos e ignóbeis, utilizando para isso um enredo atractivo e que mantém, sempre, o leitor na expectativa de conhecer qual a opção que a personagem principal irá percorrer.
Neste sentido, recomendo a sua leitura para os espíritos mais curiosos, uma vez que, este romance tem os ingredientes necessários para aqueles que gostam de acção, mistério e, fundamentalmente, para melhor compreensão do mundo que nos rodeia.
Termino citando François Jacob ”Nada causa tanta destruição, miséria e morte, como a obsessão de uma verdade considerada absoluta” ou Vítor Hugo “ A tolerância é a melhor das religiões”


Sugestão de leitura: Professora Eduarda Fernandes

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Cidade dos Deuses Selvagens de Isabel Allende

A Cidade dos Deuses Selvagens retrata-nos a exuberante Amazónia e a viagem do jovem Alexander de 15 anos, acompanhado pela sua avó paterna.
Tudo isto numa altura difícil da sua vida: a doença da mãe e a separação dos seus irmãos mais novos, além da perigosa expedição da avó Kate, ao serviço da National Geographic, pela Amazónia, e que ele deverá acompanhar.
A expedição consistia em provar a existência do lendário Abominável Homem da Selva, mais conhecido como Besta, o que para tal acaba por ter uma ligação com os índios e tribos aí existentes. Assim começa a descrição de uma aventura que se mistura com uma grande dose de ficção.
Nessa viagem inesquecível, Alexander conhece Nádia, uma menina indígena com quem ele acaba por partilhar uma aventura cheia de mistérios, onde o real e o sonho se fundem e transformam-se num só.
Este foi um livro que me fez transpor as páginas de visualizar mentalmente o cenário da história e imaginar cada detalhe, parecendo-me por vezes até sentir os cheiros.
Podes encontrar este livro na BE/CRE da escola sede, e seleccionado pelo PNL para os alunos do 6º de escolaridade.


Sugestão de leitura: Luciana Silva

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sonho de Natal

Era uma vez um menino chamado Pedro. O Natal era uma das suas festas preferidas. Ele admirava o Pai Natal e sonhava ir visitá-lo um dia, à sua terra, na Lapónia, ajudá-lo a distribuir as prendas. Por isso, estava sempre ansioso por esta festividade.
Nas ruas, as lojas já estavam todos enfeitados com luzinhas, sinos, estrelas, pinheiros, presépios e muitas mais coisas. Já andavam por ali homens disfarçados de Pai Natal.
Nesta altura do ano, as pessoas ficam com o espírito de Natal, e há mais generosidade para com os mais pobres.
Faltava pouco tempo para o Natal. Pedro escrevia a sua carta para o Pai Natal, em cima da sua cama, quando ouviu o telemóvel tocar.
- Trim! Trim! Trim!”
- Estou, quem fala?
-Sou eu, o Pai Natal! – disse enquanto tossia.
-Eu estou muito doente e preciso da tua ajuda para a distribuição das prendas.
-Pa-pa-pai-na-na-na-Natal, Pai Natal! – gaguejou o Pedro.
-Claro que sou eu! Ajudas-me nesta missão?
-Sim, claro que sim!
-Está bem, então fica combinado, amanhã os meus duendes vão aí buscar-te.
No dia combinado os duendes foram buscá-lo, e lá foi ele no trenó puxado pelas renas. Passou por vários países cobertos de neve, e distribuíu presentes pelas crianças de cada família.
De repente ouviu:
- Pedro, acorda!
Só então se apercebeu, que tudo não tinha passado, de um belo sonho de Natal.




Diogo Alves, 5º B, nº9

Se eu fosse o Pai Natal

Se eu fosse o Pai Natal teria aquele fato vermelho com aquele chapéu que as crianças tanto gostam.
Se eu fosse o Pai Natal …lá estaria eu na grande e mágica oficina junto dos meus duendes a ler cartas, a construir brinquedos, a decora-los e a embrulha-los para a tão esperada Noite de Natal.
Quando chegasse a Noite de Natal prepararia o meu trenó e pediria a um dos meus duendes para alimentar as renas, porque a noite seria longa, com muitas prendas para distribuir.
Finalmente chegaria a casa e pediria à minha mulher um chocolate quente, depois da noite Natalícia.
Ser Pai Natal é muito complicado, e por isso, eu pergunto: “ Como é que ele faz isto tudo numa só noite? ”



BÁRBARA GONÇALVES -5ºB

Se eu fosse o Pai Natal

Se eu fosse o Pai Natal daria as prendas que os meninos e meninas me pedissem. Mas alguns meninos exageram nas prendas, e pedem muita coisa. Por isso, eu restringiria uma prenda por cada menino.
Se eu fosse o Pai Natal substituiria as renas por um Ferrari com asas e reboque para ser mais rápida a distribuição das prendas.
Também adaptaria um novo visual: cortava as barbas brancas, pintava o cabelo de azul e fazia uma crista toda moderna. Emagrecia uns 20 quilos e vestia umas calças de ganga, uma camisola polar, um kispo e colocava um colar de ouro pesado.
Se eu fosse o Pai Natal gostaria de ser assim.





Diogo Alves, nº 9, 5º B

O Pai Natal

Chegou Dezembro, a altura do ano, em que eu tenho muito trabalho, assim como os meus amigos duendes.
Lá na Lapónia chegam-me milhares de cartas de todas as crianças do mundo.
É uma grande agitação, todos me contam como correu o ano na escola, como se portaram bem durante o ano e o mais importante, pedem aquele brinquedo especial que gostariam de ter no seu sapatinho.
Os meus amigos duendes começam logo a fabricar os brinquedos, para que na Noite de Natal nenhum sapatinho fique vazio.
Chega o dia vinte e quatro, carrego o meu trenó e lá parto eu numa viagem pelo mundo. De casa em casa lá vou eu pela chaminé e deixo o tão esperado presente.
Durante toda a noite ando numa correria e agitação. Começou a amanhecer, o trenó está vazio e todos os presentes foram distribuídos. Regresso à Lapónia, onde imagino a alegria de todas as crianças ao verem o tão desejado brinquedo.



Paula Filipa Silva Costa 5ºB

História de Natal

A Inês tinha 6 anos. Vivia com a sua família numa pequena casa e numa pequena aldeia, onde não havia muita gente.
Aquela pequenita tinha um sonho. Sonhava com uma festa de Natal onde pudesse ter os amigos e familiares mais distantes todos juntos, à mesa.
Aproximava-se o grande dia e a Inês continuava triste.
No dia 17 de Dezembro, a uma semana da grande festividade, a Inês ao acordar encontrou na sala uma surpresa. Havia um pinheiro todo enfeitado com luzinhas a piscar, um presépio onde o menino Jesus sorria. Estava tudo tão bonito! Parecia um sonho!
Mas faltavam as prendas de Natal, os amigos, os familiares e o espírito de Natal.
Dia 24 à noite, a neve tinha coberto toda a aldeia.
A Inês estava sentada ao lado da árvore quando ouviu os sinos a tocar. Espreitou pela janela e viu as renas a passarem muito depressa pelo céu estrelado. Viu uma rena com o nariz vermelho. Era o Rodolfo!
A porta abriu-se... eram os familiares e amigos que traziam rabanadas, bacalhau, peru... mas traziam acima de tudo o espírito de Natal; a alegria, a paz, a solidariedade que tanta falta faz ao longo do ano.
Juntaram-se todos à mesa e viveram aquela noite como se fosse um conto de Natal, daqueles que vêm nos livros que todos nós, tanto gostamos de ler.



Beatriz Silva n.º4 5ºB

O Outono

No Outono o tempo arrefece, vem o vento e a chuva, embora haja também dias bonitos e soalheiros. As árvores vestem-se de amarelo, castanho e vermelho. Mas é por pouco tempo, porque acabam por cair, formando lindos tapetes coloridos de folhas.
Nesta estação fazem-se as vindimas e festeja-se o S.Martinho. Assam-se as castanhas que se apanharam no souto e prova-se o vinho novo. No dia 31 de Outubro festeja-se o Halloween e no dia seguinte, o Dia de Todos os Santos, são lembrados aqueles que já morreram. Nesta altura temos duas feiras importantes na nossa região: a Feira das Cebolas e a Feira dos Santos. No dia 5 de Outubro festeja-se o feriado da Implantação da República. Em Dezembro temos dois feriados: a Restauração da Independência de Portugal (dia 1) e de Nossa Senhora da Conceição (dia 8).
As pessoas nesta estação do ano, de uma maneira geral, ficam mais deprimidas e tristes por causa do frio e têm tendência a vestir roupas mais escuras.
O Outono não é a minha estação do ano preferida, no entanto, tento alegrar-me e passa-la da melhor maneira possível.




Diogo Alves, 5ºB, nº9

Momentos de Escrita...

Os alunos do 5ºB aceitaram o desafio que lhes foi proposto: Momentos de Escrita.
Foram seleccionados os melhores trabalhos sobre o "Outono" e o "Natal".
Parabéns e esperamos mais contribuições de novos alunos.
A Equipa da BE/CRE